A indicação de Guilherme Boulos e o prêmio político à desordem

A indicação de Guilherme Boulos e o prêmio político à desordem Como Lula transforma histórico de invasões e radicalização em credencial de governo...

BRASIL

9/19/20251 min read

A possível nomeação de Guilherme Boulos como ministro é mais do que um movimento político de acomodação interna: é um símbolo de que, no Brasil de Lula, a ilegalidade militante virou credencial para ocupar o Estado.

Boulos não construiu sua trajetória em conselhos técnicos, gestões públicas ou mérito administrativo. Ele se projetou nacionalmente através de invasões de propriedade, confrontos com decisões judiciais e mobilização organizada para pressionar governos. Na prática, sua carreira foi edificada sobre a tática da ameaça política disfarçada de ativismo social.

CASOS EMBLEMÁTICOS

• A invasão do triplex do Guarujá, realizada de forma midiática para “tomar” o imóvel; • A ocupação do terreno da Volkswagen em São Bernardo do Campo; • A invasão de prédio da FIESP na Avenida Paulista; • Resistência explícita a ordens de reintegração de posse; • Abertas acusações de incitação à desobediência civil e dano ao patrimônio.

Sem condenação definitiva? Sim. Mas o padrão de conduta é público, notório e repetitivo. A estratégia sempre foi a mesma: forçar o Estado pelo choque, não pelo voto ou pelo argumento.

O prêmio político concedido por Lula é um recado direto à sociedade: aquele que afronta a lei é absorvido pelo sistema e convertido em autoridade. É a institucionalização da tática da ocupação como ferramenta de poder.

Quando o governo normaliza a transgressão como método legítimo de ascensão, o Estado deixa de proteger o cidadão e passa a premiar quem vive de tensioná-lo. A mensagem não é sobre política — é sobre norma e desordem. E a escolha diz tudo: para Lula, invadir vale mais do que construir.