Falta de verba ou falta de gestão? A nova ameaça da Polícia Federal expõe o caos no governo

A Polícia Federal voltou a acender o alerta vermelho. Em comunicado interno, a instituição afirmou que poderá suspender a emissão de passaportes a partir do dia 3 de novembro, caso o governo não libere R$ 97,5 milhões em recursos emergenciais. A justificativa é simples — falta dinheiro para manter o sistema funcionando.

BRASIL

10/28/20251 min read

a close up of a person holding a passport
a close up of a person holding a passport

Mas a pergunta que ecoa nos bastidores de Brasília é outra: como um governo que torra bilhões em fundo eleitoral e publicidade oficial não consegue garantir verba para um serviço essencial à população?

Fontes dentro da própria PF descrevem a situação como “crítica”. O sistema de emissão está operando no limite, e a interrupção — caso aconteça — afetará diretamente cidadãos que dependem do documento para viagens, estudos e tratamentos no exterior. Em outras palavras, mais uma vez o brasileiro comum paga a conta da má gestão.

Não é a primeira vez que o problema aparece. Em 2022, durante o governo Bolsonaro, uma crise semelhante foi resolvida em poucos dias, após rápida mobilização do Ministério da Economia. Agora, sob o atual governo, o silêncio é o que domina os corredores da Esplanada. Nenhuma medida efetiva foi anunciada até o momento.

Enquanto isso, o Planalto segue anunciando novos cargos, emendas e gastos de gabinete, como se o país estivesse em plena bonança fiscal. É o retrato do Brasil das prioridades invertidas, onde o cidadão precisa implorar por um passaporte enquanto a máquina pública segue inchada e ineficiente.

Se a verba não sair nos próximos dias, a emissão será paralisada. E aí talvez o governo finalmente perceba que a falta de gestão custa caro inclusive em votos.