Urgente: Moraes manda prender Alexandre Ramagem
Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou nesta sexta-feira (21) a prisão preventiva do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que comandou a Agência Brasileira de Inteligência durante o governo Bolsonaro.
BRASIL
11/21/20251 min read


A decisão atinge exclusivamente o parlamentar dentro do chamado “núcleo 1” da investigação sobre a suposta ‘tentativa de ruptura institucional’.
Segundo a Polícia Federal, há elementos que sugerem que Ramagem tentou deixar o país clandestinamente: ele teria partido do Rio rumo a um estado do Norte, seguido viagem por terra até uma nação vizinha e, de lá, embarcado para os Estados Unidos.
Ramagem encontra-se em Miami, conforme revelado inicialmente pelo portal PlatôBR e pela CNN. A corporação apura se a saída do Brasil ocorreu como forma de evitar o cumprimento de uma eventual ordem de prisão.
Em razão disso, a Polícia Federal informou que pedirá à Interpol a inclusão do nome do deputado na Difusão Vermelha, mecanismo que transforma o investigado em foragido internacional reconhecido em 196 países.
A partir dessa solicitação, autoridades estrangeiras analisam o mandado e verificam se os delitos atribuídos se enquadram na cooperação internacional.
O deputado é acusado ao lado de outras sete pessoas que compõem o grupo classificado como o “núcleo crucial”, ou “núcleo 1”, do plano para supostamente impedir a posse de Lula.
De acordo com a denúncia da Procuradoria-Geral da República, Ramagem atuou como um dos principais responsáveis por fornecer a Jair Bolsonaro informações e discursos destinados a atacar o sistema eleitoral.
A PGR afirma que o então diretor da Abin registrava as orientações transmitidas ao ex-presidente, o que permitiu rastrear movimentos que, segundo a acusação, integravam a estratégia golpista.
Para os procuradores, o aumento das investidas públicas de Bolsonaro contra as urnas e a Justiça Eleitoral a partir de 2021 — ações que teriam ocorrido sob a orientação de Ramagem — compunham a fase inicial de um plano de manutenção do poder “com desprezo às estruturas constitucionais”.
O parlamentar responde por organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e outros delitos previstos na denúncia.
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